quinta-feira, 25 de outubro de 2012


tudo sobre placenta de gemeos

0

IMPORTÂNCIA DA PLACENTA
Drauzio – Qual a importância de existirem uma ou duas placentas?
Maria de Lourdes Brizot – Nas gestações de gêmeos não idênticos existem sempre duas placentas. Portanto, não seria exagero dizer tratar-se de duas gestações independentes, embora simultâneas e ocorrendo no mesmo ambiente e que, por isso, os bebês podem apresentar diferença de peso, altura, sexo, etc.
Quanto aos idênticos, em 90% dos casos, há só uma placenta, o que pode acarretar maiores complicações, pois, além de dividirem os nutrientes necessários para seu desenvolvimento, a circulação sanguínea de ambos se comunica através dessa placenta. Nos 10% restantes, em que cada um tem a sua placenta, a probabilidade de ocorrer um problema é sempre menor.
Drauzio – Nessa divisão, um dos gêmeos univitelinos pode levar vantagem sobre o outro?
Maria de Lourdes Brizot – Pode e isso explica que, em determinada fase da gestação, um seja muito menor do que o outro. Mas a diferença não fica só no peso. Se acontecer alguma complicação e um deles for a óbito, o outro poderá sofrer consequências uma vez que a circulação dos dois passa pela mesma placenta, na maioria dos casos.
Drauzio  O que acontece quando no comecinho da gestação, ainda no primeiro trimestre, morre um dos embriões e o outro fica vivo?
Maria de Lourdes Brizot – No caso de uma única placenta, na maioria das vezes, o embrião que morreu vai diminuindo de tamanho, é reabsorvido e, a partir de determinado momento, não será mais identificado. Quando isso acontece em fase precoce, não repercute de forma alguma na gestação do sobrevivente. Se as placentas são independentes, então, o que ocorre com um não interfere no desenvolvimento do outro.
Drauzio – E se o óbito ocorrer quando os fetos forem maiores?
Maria de Lourdes Brizot – Tudo depende do número de placentas. Se cada um tem a sua, a gestação continuará normalmente para o feto que permanecer vivo.
Drauzio – Existe risco de o feto que morreu ser eliminado através do colo uterino?
Maria de Lourdes Brizot – Existe o risco, mas não é grande. Na maioria das vezes, a gestação evolui bem, sem risco de abortamento nem de parto prematuro ou mais complicado. Dependendo da fase da gestação em que ocorreu o óbito, ele pode nem ser percebido na hora do parto.

0 comentários:

Postar um comentário